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O dia dos 100 mil.

Prof. Alexandre Macena

Hoje, 08/08/2020 no país chega ao incrível número de 100 mil mortes por Covid-19.

Ironicamente dia de futebol. Final do campeonato paulista. Corinthians e Palmeiras disputarão logo mais uma final repleta de contradições. 
Logo imagino que nos melhores momentos do templo do futebol brasileiro o Maracanã, este era o número necessário para encher o estádio. 

Quantos estádios seriam necessários para estas 100 mil vítimas? 

E se pegássemos os amores, os familiares e amigos. Quantos estádios seriam necessários? 

Nunca o termo pão e circo fez tanto sentido. Mas nossa realidade contemporânea mostra que as torcidas estão nas filas, tentado ter acesso a possibilidade de comprar o pão! 

Será que temos algo a ser comemorado? 

Será que as entidades que são seguidas por milhares de torcedores não poderiam fazer algo para mandar um recado à população? 

Ao invés disso, segue o jogo! 
Sem replay, sem interferência. Apenas, segue o jogo! 

E na tentativa de fazer o jogo justo chamamos o VAR, mas a telinha vai mostrar que os números não assustam mais. Que a dor dos 71 da Chape não assustam mais.
 
Os números atuais apresentam 1.408 acidentes da chapecoense. 

Um número assustador!

E agora o que nos resta é torcer para o juiz, que ganhou o apelido de Corona, que dê um tempinho a mais de acréscimo, para quem sabe assim, consigamos virar esse jogo que está difícil e repleto de adversidades! 

Alexandre Macena


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Ser Humano!  

Olá, acordei nesta manhã com a simples reflexão do poder que um inimigo tem de nos tirar o que é mais importante, nossas relações, nossos abraços, nossos cheiros, nossos beijos e toda, ou quase toda, expressão de carinho que nos conecta com as pessoas que amamos! 

Confesso que tenho me policiado e até mesmo me culpado por ficar mal, por ficar triste e permitir que o luto me coloque em uma posição de paralisação. 

Tirei uma conclusão que talvez não seja a ideal, mas me permitirei chorar, me permitirei sentir a partida dos que amo e até mesmo dos que nem conheço. Afinal, ensino isso aos meus alunos - PRECISAMOS SER EMPÁTICOS À DOR DO OUTRO - Como seguir sorrindo e fingindo que não está doendo? Digo com segurança, está! 

Enluto a dor de cada pessoa que se foi e me solidarizo com cada família, próxima ou distante, que perdeu um ente querido. 

E quando estiver fortalecido, em meio a esta loucura, celebrarei as conquistas, os amigos sinceros e compreensivos que entenderam que cada um lida com essa Pandemia do seu jeito e com os recursos que tem, pois somos únicos e lindamente diferentes. 

Durante muito tempo fui professor na Fundação Casa e lá não acostumei a me deparar com as inúmeras facetas da violência que presenciava. E querem saber de uma coisa? Eu me orgulho de não ter acostumado com o que via! 

Não naturalizar o caos, não me acostumar com a injustiça, não me conformar com o sofrimento alheio, são tesouros que não abro mão! E NÃO ABRIREI! JAMAIS! SÓ DE RAIVA! 

Hoje peço ao universo que transforme essa tristeza, de não poder fazer o que eu quero por conta de um inimigo invisível, em RAIVA! EM POTÊNCIA! 

Daqui a alguns anos me perguntarão qual era meu papel na época da pandemia de 2020 eu poderei dizer - EU FUI EU, EU CHOREI, ENLUTEI, MAS SEGUI COM A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES, SÓ DE RAIVA!

EU FUI PROFESSOR, MAS SOBRE TUDO ME PERMITI SER HUMANO!

FUI HUMANO, por mim, por minha família, pelos meus amigos e alunos! 

Me permite ser Humano! 

Ass: Alexandre Macena

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O mensageiro da dor! 

Os dias estão desafiadores! 
Negar esta realidade é fechar os olhos para a mundo real. 
Está pandemia não tem dado trégua e as consequências são inúmeras.

Empresas quebraram. Negócios não se sustentaram. A educação precisou se adequar e, em uma tentativa insana, as instituições buscam conectar alunos que não estão conectados, que nunca estiveram e que possuem necessidades que vão além do moldem que não funciona ou o PC que está lento. As necessidade, por vezes, passam pelo básico. Passam pelo armário vazio, pela conta de energia que não foi paga e até pelo isolamento social que já era presente e que neste momento passou a ser um isolamento apenas físico.

No meio, e junto com tudo isso, as notícias não param de chegar. Temos notícias animadoras e até notícias boas. Isso não é negado. Mas o número de notícias tristes são gigantescos. A violência deste vírus é pior do que imaginávamos e o mais triste é saber que não estávamos preparados para tudo isso. 

E quem trás essas notícias? 
Quem anuncia a partida?
Quem apresentar a ruptura? 

Esses são os mensageiros da dor! 
Todos querem ser o mensageiro da boa notícia, da promoção no trabalho, da escolha no processo seletivo, da descoberta da cura, da efetivação de um grande negócio! 

Mas hoje, essas mesmas pessoas que foram, muitas vezes, mensageiros da alegria, estão assumindo o papel de mensageiro da dor! 

Diante disso gostaria de propor uma ação simples e que talvez faça muita diferença. 

Para quem recebe a mensagem, lembre-se das notícias boas e observe, sobre tudo a forma que está notícia lhe é apresentada! Não permita que sentimentos ruins predominem na avaliação e recepção dessa mensagem. 
Isso talvez ajude. E talvez leve um tempo. Viva o luto, isso também é importante.

Para quem leva a mensagem, não seja duro com você, respeite seus sentimentos, seja empático, este momento já é duro não precisa ser traumático e como diz o grande psiquiatra e psicanalista Carl Jung - “ao tocar uma alma humana seja outra alma humana” 

E assim continuamos, humanizando os momentos desafiadores sempre em busca do “novo normal” que não está no outro e sim dentro de cada um de nós! 

Alexandre Macena

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Atividades Escolares Síncronas ou Assíncronas?

Por Prof. Me. Rafael Garcia Campos -1 de junho de 2020

Assim como os demais setores da econômica brasileira, o segmento educacional, precisou inovar nas ações educacionais para reduzir ao máximo os efeitos do novo corona vírus – covid-19.

Boas práticas de hospitalidade no ambiente escolar em período de quarentena são fundamentais para manter o vínculo social com o aluno e garantir o processo de ensino-aprendizagem.

Ações escolares com as atividades síncronas, são muito bem-vindas, elas podem acontecer por meio de transmissão de aulas ao vivo, web conferências e chats.

Já as atividades assíncronas, devem ser exploradas através de fóruns, indicação de leituras, aulas gravadas, podcasts, solução de CASES e desafios.

É muito importante, considerar as agendas e disponibilidades dos alunos, sempre combinando previamente.


Será um diferencial, disponibilizar mais de uma opção de horário para promover a continuidade das ações e torná-la possível de ser realizada.

No próximo texto, conversaremos melhor sobre as metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Acompanhem!

Rafael Campos é Administrador, Mestre em Saúde Coletiva e Especialista em Gestão de Negócios. 
http://www.linkedin.com/in/rafaelgarciacampos


Fonte: https://correiopaulista.com/atividades-escolares-sincronas-ou-assincronas/

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